2009-08-23

Devo ficar ou devo ir?


Insatisfação. Esta é a palavra.

Encontro-me em um momento onde começo a questionar minhas vontades.
Fico me perguntando por que eu faço aquilo que não gosto e deixo de fazer o que realmente quero!

Não cumpro horários. Sim, admito que eu não sou pontual. Mas ultimamente estou cada vez pior. Preciso dar um basta nisso, tomar uma atitude e o primeiro passo eu já dei, simplesmente pelo fato de reconhecer este fato.

Cansado. Vivo cansado. Mas acredito que não precisa ser desse jeito sempre. O que me cansa mais é ficar pensando nas opções que tenho, a dúvida me corrói tanto que fico estacionado pensando:

“Should I Stay Or Should I Go?”


2009-08-14

Carta de Despedida



Se eu te dissesse um dia que eu nunca iria te machucar, e eu me certifiquei em não dizer, essa seria uma promessa que eu não seria capaz de cumprir. Se eu te disse qualquer dia que aquilo poderia ser amor eterno, eu vou limpar esse sorriso frouxo do seu rosto. Um rosto bonito e frágil, alegre e largo, como uma mentira. Se eu te fiz chorar mil vezes, você ainda me aceitaria de volta para mais duas mil, e eu ainda sentiria saudades - e eu jurei por Deus que nunca sentiria. Se eu te disse que eu estou bem, e que alcancei meus objetivos - se lembra?, - e que nenhum dos meus amigos sequer perguntou por você, você desmintiria? Mas é esse o preço de ser impessoal. Essa carta é impessoal, como a que você me remeteu há tempos atrás; as palavras parecem cair por si sobre a folha. E como ela, isso é uma carta de despedida; eu menti quando disse que não era você, e sim eu mesmo, e oh, que atrevimento o meu. Isso, sim, é uma carta de despedida, das que te ateam fogo pra ver em que cores você consegue se desfazer. Daquele meu jeito que te é familiar. Se eu te deixei esperando por dois longos anos, e você se sentiu abandonada e teimosa, eu rezei pra Deus que você nao me odiasse no fim. Se eu disse que voltaria pra casa em breve, um quarto vazio e um coração ainda mais solitário é o que você encontraria, com uma carta de forma exata entre as quatro paredes brancas. Mas você deixou as palavras caírem nas páginas, eu tentei gritar e não tive fôlego. Te pergunto se você está acordada agora: se você o beija e pensa em mim durante o ato. Espero que não. Não o satisfaria se ele suspeitasse que você beija a boca dele pensando na minha falta de caráter; essa que você compartilha atrás dos seus olhos enegrecidos. Eu poderia - sim, por que não? - fazer tudo certo. Quem sabe, se as estrelas se alinhassem, se o céu virasse veludo, se você colaborasse, se não fosse egoísta. Mas estou satisfeito, por agora, em desejar um lugar diferente, um tempo diferente, um ataque cardíaco, e um convite pra sua missa de sétimo dia. Eu sei que tive minha parcela de culpa. Eu sei que cometi uma calamidade de erros; mas você foi e será o mais gritante. E será pra sempre - o "pra sempre" que você sonha ter.
Fonte: Blog da Insônia